Fiquei imaginando qual seria, há 200 anos, o som da noite no lugar mesmo em que nasci ... Quando ali haveria poucas cavernas e a centésima parte das pessoas dentre as quais eu vivo. E muito poucos lumes e candeias competiam com a radiação dos astros.
Entendi então que, para ter uma idéia qualquer sobre a noção de som, a compreensão de tons e a melodia da música colonial, o ponto de partida seria a aceitação do fato de que os habitantes das cavernas por perto de onde eu nasci, 200 anos antes dessaefeméride, seriam em número muito menor, teriam muito menos fogos a crepitar pela noite, ficariam muito mais recolhidos depois de o sol se por... E estariam muito mais propriamente afetados pela calada da noite. E não é na calada da noite – agora no sentido moderno mesmo da expressão – que estamos mais afetados pelos medos, pelas melancolias, pelos fantasmas e pelas fés? Acredito que a centésima parte das pessoas produzam a centésima parte dos ruídos e tenha motivos para ter cem vezes mais medos.
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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Meio-dia no Padre Faria
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