domingo, 7 de dezembro de 2008

Em destaque a Igreja do Carmo.


Poesia de Ouro Preto (Fragmento)

(Henriqueta Lisboa)

Ó cidade de Ouro Preto
Boa da gente morar!
Numa casa com mirantes
Entre malvas e gerânios,
Ter os olhos de Marília Para cismar e cismar.

Numa casa com mirantes
Pintada de azul anil
Sobre a rua de escadinhas
Que é um leque em poeira, de sândalo,
Passar na janela o dia
Vendo a vida que não anda.

E de noite vendo a lua
Como uma camélia opaca,
Flor sem perfume, de jaspe,
Abrir o baú de folha
Que é lembrança de família,
Baú onde criam mofo
Cartas velhas e retrato
De um ingrato namorado.
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