Noite do dia 20/12, véspera do fim do mundo. No Barroco, a última refeição: uma cerveja bem gelada e uma coxinha saindo do forno. Pediu outra pra viagem. Disse pro Antônio que tinha duas encomendas, uma de Deus, outra do Diabo, mas que só poderia entregar uma. Pra quem? Só amanhã saberia, mas qualquer um dos dois agradeceria, penhorado, a fina iguaria.
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Barroco: o bar das coxinhas... |
Prevenido, Antônio mandou reforçar o freezer. A pinga com mel, pensou, deixo pro santo ou o Diabo que a carregue, mas com o calor que anda fazendo, até no Céu vão me pedir uma gelada, quem dirá no Inferno.
E assim se foi, em um e no outro lado do balcão.
No Barroco, naquela fatídica noite, pela primeira vez pediu-se uma saideira que seria realmente a última.
FIM